Julia, Larry e Jerry literalmente morrendo de rir.
Então. É o negócio mais difícil da minha vida esse de fazer um top 5 melhores episódios de Seinfeld.
Mentira, não é, não. Eu sempre penso nisso e já mentalizei um perfeito “ranking seinfeldiano definitivo campeão” milhares de vezes na minha cabeça. O problema é que as colocações e as preferências mudam de vez em quando, sabe. De acordo com a fase que estou vivendo e tal (oi).
Seinfeld é um seriado assim. Moldador de caráter. Eu já passei por fases deprimidas vendo Seinfeld, já vi Seinfeld nos momentos mais alegres da vida, nos momentos workaholics, nas férias, nos feriados, nos dias de carnaval, na tarde de 01 de janeiro (o dia mais preguiçoso do ano, né). Já passei madrugadas vendo e revendo episódios. Aliás, já passei madrugadas inteiras fofocando sobre Seinfeld. Já desejei ardentemente ter sido roteirista de Seinfeld (haha) e queria ser amiga da Julia Louis-Dreyfus. Queria também ter um telefone preto igual ao do Jerry. Enfim. Seinfeld é um assunto que nunca morre. Melhor ainda, é um seriado que nunca morre. Here we go.
Quinto lugar: The soup nazi (7a. temporada)
“Whaaaat. Você começou seu top com o episódio mais clichê.” Tudo bem, pode até ser clichê. Todo mundo já ouviu a frase NO SOUP FOR YOU! milhares de vezes. Mas acontece que esse episódio é um show de roteiro. Escrito por Spike Feresten. Todos os personagens estão bravos, gritando (o que é muito comum em Seinfeld), todo mundo nervoso.Todo mundo precisa aprender a maneira correta de comprar SOPA. “Just follow the ordering procedure and you will be fine.”
Quarto lugar: The chinese restaurant (2a. temporada)
Escrito por Larry David e Jerry Seinfeld. Uma história muito, muito diferente. Tudo se passa na ” fila” de espera de um restaurante chinês. Jerry, George e Elaine ficam lá, esperando por uma mesa que nunca chega. Morrendo de fome e falando besteiras. É mais ou menos a mesma fórmula usada posteriormente em “The dinner party” (o meu segundo lugar), algo bem bom. É uma pena que Cosmo Kramer não apareça nesse aqui. “I just can’t believe at the way people are. What is it with humanity? What kind of a world do we live in?” Pois é, George.
Terceiro lugar: The strike (9a. temporada)
Escrito pelos moleques Alec Burg, Jeff Schaffer e Dan O’ Keefe. Um clássico sem tamanho. É aquele lá do Happy Festivus. Aqui, temos acesso a toda a loucura da família de George Constanza. Se não me engano, o único episódio ambientado no Natal. “Protect Festivus! Hey, no bagels, no bagels, no bagels.”
Segundo lugar: The dinner party (5a. temporada)
Um episódio perfeito. Esse é do Larry David. É engraçado porque a história é muito simples e, ao mesmo tempo, repleta de acontecimentos. Os quatro se separam a caminho de um jantar. Jerry e Elaine vão a uma padaria; George e Kramer, a uma loja de bebidas. E é isso. Eles nem chegam a entrar no tal do dinner party, simplesmente porque tudo (de errado) aconteceu no caminho. É nesse episódio também que Jerry vomita. E a gente bem sabe, hein. Que ele passou 14 anos sem vomitar. Um recorde que eu sempre penso em tentar alcançar. “I haven’t thrown up since June 29th, 1980.” Sim, eu te entendo, Jerry.
Primeiro lugar: The opera (4a. temporada)
Escrito pelo barbudão Larry Charles. Os episódios dele sempre apresentam algo muito, muito destoante, elementos super diferentes que jamais caberiam em uma comédia tradicional. Larry Charles mistura comédia com assassinatos, crimes, tragédias. Pessoas deprimidas e chorando podem surgir a qualquer momento numa história do Larry Charles e você vai achar normal. É nesse episódio que o stalker e psicologicamente desequilibrado personagem crazy Joe Davola reaparece em toda sua glória. Stalkeando Jerry e Elaine. É tão interessante e engraçado. Diferente, mesmo. A ideia do stalkeamento e da tragédia iminente se entrelaçam na comédia de forma perfeita e você fica lá, meio que rindo da pimenta nos olhos dos outros. Eu inclusive DECOREI alguns diálogos desse episódio. “I developed them myself in my dark room. Would you like to see?” “In the dark room? Uh no, no thank you. Not right now. I’m a day person!”. Super te entendo, Elaine.
*Nota: Esse site aqui é um espetáculo. E me ajudou muito na elaboração do post.
The fab four.